Um dia, eu conheci alguém especial.

A ELE E PARA ELE TODA A HONRA E TODA A GLÓRIA PARA SEMPRE AMÉM

Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisa boas que surgiram nas dificuldades […] elas serão uma prova de sua capacidade, e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.

Um dia, eu conheci alguém especial.

E esse dia, se tornou um dia especial. E por muito tempo, achei que esse dia, ninguém tiraria de mim.

Neste dia, esse alguém, se tornou parte de mim. Benção, dádiva, ilusão, realidade… Não importa, esse alguém se tornou especial. E esse alguém passou a ser eu, e eu passei a ser esse alguém (ou apenas vivi isso).

E esse alguém secou minhas lágrimas. E esse alguém suavizou meu ser. E esse alguém, se sintonizou a mim. Mas de repente esse alguém se esvaiu, como a água que escapa pelos vãos dos dedos. Não era abandono, não era traição… Era liberdade. E do mesmo jeito que em um dia especial, conheci esse alguém especial, percebi, então logo de pouco raciocínio (mas talvez grande conflito), que esse alguém, que conheci naquele dia, o que tinha de mais especial era a sua liberdade.

E assim vi, que não estava permitindo deixar ser aquela pessoa especial o que é de fato: um ser livre.

Talvez o zelo, o carinho, o apego, ou até a posse (por que não pensar nisso?) não me permitiram fixar em uma cronologia óbvia e talvez lógica e antiga, de que somos seres livres e especiais. E então me pergunto: Por que tenho dificuldades de entender a liberdade de um ser tão especial?

E diante das diretrizes da vida, cada ser (que também é especial), possui reflexos e reações à imposições que a vida (modificadora de milésimos), contrapõe às nossas realidades (ou castelos construídos na areia próxima a maré que logo sobe).

Na conclusão do meu íntimo, diante de minhas reações, finalizando, entendendo e até mesmo me perdoando (por que não?), que não devo praticar o abandono, nem a mágoa, nem o ciúme…(de não poder estar junto dele).

Devo praticar, como pratico, apenas o desapego, de deixar um ser especial (meu ser especial), ser o que é: um ser livre.

Então entendi que Logo Ali, não tão distante, encontra-se meu ser especial, entendi que… a nossa passagem para outro capítulo da história  marcam as minhas ações, a nossa existência.

“Guardo numa mão tudo o que recebi, mas distribuo com a outra mão tudo o que aprendi, pois a sabedoria só é útil quando somos capazes de transmiti-la.”

“Não me encurvo, mesmo estando prestes a cair, sei que vou me levantar. Sou filha da água, do fogo, da terra e do ar.” D’aquele que tudo se fez e se desfaz…

“Quando tirarem o chão debaixo dos meus pés, olho para cima e sei que posso voar. Deixo o abismo para quem quis provocar a minha queda!”

A liberdade da alma é a que sabe fazer meu coração ser livre. E então posso seguir sem dor na alma, sem ressentimento ou qualquer outra forma de sentimento que faz retardar o meu caminho.

Poderei assim, chegar ao fim da minha jornada, com o coração leve…(By Iria Horn)

Não me julgues.
Não tente entender-me.
Sou como o vento
Não tenho destino.
Apenas passo…
Aproveite a brisa.

Não me prendas,
Não me possuas.
Sou como água,
Se preso, evaporo.
Mate apenas tua sede.

Não tente guardar-me.
Não me aprisione.
Sou como as flores,
Colhido feneço.
Guarde-me o perfume.

Não me descreva.
Não me modifique.
Sou como um sonho,
Uma Ilusão.

Não me acompanhe,
Não tente seguir-me.
Sou como um cometa,
solitário.
Apenas admire-me…
Neste momento, então,
Serei Poeta
Teu Poeta.

Almir Bastos, “Solitário”. (viavili pen )