Assim como eu, você tem muitos sonhos.
Sonhos de liberdade desta prisão, deste mundo maligno…sei que eu e você queremos um mundo novo, cheio de bondade de esperança e amor.
Um mundo cheio de respeito, onde todos são irmãos.
Somos pássaros feridos nesta longa jornada onde necessitamos de ajuda para nossos afazeres que Deus nos destinou.
Pássaros feridos, asas sem penas, coração quebrantado, humilhado, ambiguidade de desprazer, exaustão.
Encontrar palavras para um texto fica difícil, pois sabemos que nem tudo pode ser dito ou escrito. Pode-se viajar na maionese, ou na imensidão do nosso ser, mas jamais alguém, ou poucos entenderão o objetivo do texto.
Diria que somos imersos em confusões mentais onde poucos entendem. Deveras muitos diriam que são relapsos de uma mentalidade desconexa, ou pior, um ser que não paira neste mundo na sintonia dos outros.
Divergimos em metamorfoses líricas, em ambientes sonoros de imaginação. Cada poeta tem seu contexto, e a mim cabe imaginar uma sessão de alegrias, tristezas, ambições dirigidas às mentes que viajam em semblantes carregados de incertezas desconectas do mundo real que não é real.
Os deuses transformam os homens para que possam provar sua superioridade diante dos mortais, na realidade somos “massa informe e confusa”
Andamos como zumbis fazendo todos os dias as mesmas coisas, e sempre querendo nos diferenciar dos outros, mas somos todos iguais.
Iguais nos nossos pecados, somos imperfeitos, desumanos em algum momento, ou quem sabe sempre. Não conhecemos ao fundo todos os seres, mas assistimos seus atos, quase sempre escondidos dentro de uma carapuça que a mais sábia alma consegue ver.
E assim viajamos, sem notar o sentido da coisa toda, entrelaçando todos em um labirinto confuso de incertezas, tristezas…a estrada é longa, mas termina logo ali, ali onde, não sabemos. Não sabemos nem para onde estamos indo, e o fim quem sabe, seja o começo daquilo que almejamos.
E a esperança mora ao lado, ao lado de todo ser que acredita que seu vizinho, o mendigo, o doente, o ladrão, o deficiente e todos que estão sofrendo precisam urgente de gente que entenda que não somos zumbis, nem monstros e que não estamos sozinhos neste mundo para que não possamos espiar para o lado e dizer eu tenho a esperança, posso te emprestar um pouco.
Há tantos seres necessitando disso, há tantas almas sofridas sem alento, sem amor, sem carinho implorando por misericórdia de alguém que olhe por ele e diga, irmão, eu estou aqui, do que você precisa, qual seu problema, onde dói, por que está chorando, está com fome…
Mas o mundo não entende, os seres não entendem, cada qual segue sua estrada, e não olha para o lado para ver seu irmão…
Julga seus atos, seu proceder, no entanto se acha superior e pensa consigo mesmo, como sou perfeito, graças a Deus não sou assim. Mas será que Deus não te fez assim, para que fosse ajudar aquele que é imperfeito.
Olha, não sou Deus, mas acredito que Deus vai nos cobrar por tudo quando o fim da estrada chegar, então você não vai poder voltar lá atrás pra corrigir, não dará tempo, teu jogo acabou, nem mesmo que queira comprar, ou usar seu fascínio, não terá mais direito. POR QUE?
Teu tempo passou, e o tempo é muito rápido, para que queira voltar atrás e fazer uma nova história…
Acabou…..
E nossa Elegia fica suspenso no ar, dado que o propósito seria um soneto de “Amor Maior” em forma de poema com alegorias de uma realidade concreta.
Bem sabemos, isso não existe, muito menos, “a real situação” de cada um, se concretize neste rodar de universo quase no fim.
By Iria Horn 04/02/2025
