A história do sábado

A história do sábado abrange um período de seis mil anos. O sétimo dia é o sábado do Senhor.
Os atos que lhe conferiram essa posição foram, em primeiro lugar, o exemplo do Criador;
em segundo lugar, a bênção que Ele colocou sobre o dia; e, em terceiro lugar, a santificação ou
escolha divina do dia para ser usado de forma santa.

O sábado, portanto, data do início da história de nosso mundo. O primeiro a guardar o sábado no sétimo dia foi Deus, o Criador; e o primeiro sétimo dia de todas as eras foi o dia que Ele assim honrou. Logo, a maior de todas as honras possíveis pertence ao sétimo dia. Mas essa honra não se limitou ao primeiro sétimo dia da história, pois, assim que Deus descansou nesse dia, Ele o designou para uso santo, a fim de que o ser humano pudesse reverenciá-lo em memória ao Criador.

Essa ordem divina é fruto da essência e conveniência das coisas e deve ter sido dada diretamente para Adão, pois ele e a esposa eram os únicos seres humanos que tinham os dias da semana para usar. Como foi dirigida a Adão ainda no estado de retidão, ela lhe foi concedida no papel de cabeça de toda a família humana.

O quarto mandamento baseia toda sua autoridade nessa ordem original do Criador, e, por isso, em essência, deve representar o que Deus ordenou a Adão e Eva como representantes da raça humana.

É impossível que os patriarcas fossem ignorantes acerca dos fatos e do dever de observá-lo, os quais o quarto mandamento mostra terem se originado desde o princípio, pois Adão esteve presente com eles por um período equivalente a mais da metade da dispensação cristã. Consequentemente, aqueles que andavam com Deus na observância de Seus mandamentos certamente santificavam Seu sábado.

Assim, o grupo de guardadores do sétimo dia deve incluir os antigos patriarcas piedosos, e ninguém pode negar que também inclui os profetas e apóstolos. Aliás, toda a igreja de Deus mencionada nos registros da Inspiração guardava o sábado. A esse número deve ser acrescentado o Filho de Deus.

Foi instituído no Paraíso, honrado mediante diversos milagres a cada semana ao longo de 40 anos no deserto, proclamado pelo grande Legislador no Sinai, guardado pelo Criador, por patriarcas, profetas, apóstolos e pelo Filho de Deus! Ele constitui o próprio cerne da lei de Deus; e, enquanto essa lei perdurar, a autoridade desta instituição sagrada permanecerá firme.

Sendo essa a história do sétimo dia, é natural que surja a pergunta: como é que este dia foi reduzido ao pó e outro dia usurpou suas honras sagradas? Nenhuma parte da Escritura atribui tal obra ao Filho de Deus. O que a Bíblia faz, contudo, é predizer a grande apostasia dentro da igreja cristã e o homem da iniquidade, o que se levantaria contra a lei de Deus, imaginaria poder mudar os tempos e as leis.

 Deus santificou e abençoou o sábado(Êx 20.8,11)

Lembrar – Deus traz à memória o que está escrito em Gn 2.1-3. Deus concluiu sua obra de criação na sexta-feira e Jesus concluiu sua obra de redenção também sexta-feira, ‘está consumado’ (Jo 19.30).

O sábado é dia de descanso (Êx 20.11)

. “O Senhor descansou” – Deus cessou seu trabalho, descansou de toda sua obra de criação, ele fez uma obra completa e parou de trabalhar. 

Jesus pôde ensinar com propriedade sobre o sábado pois Ele é Senhor do sábado: “de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado” (Mc 2.28). Como chefe do sábado Jesus ensinou a fazer o bem: “Fazer o bem, salvar de um perigo, recuperar a vida, sarar o doente e alimentar o jumento (Lc 13.15-16)

Os 10 Mandamentos no contexto da Nova Aliança é respondida pelo próprio Jesus no Evangelho de Mateus capítulo 5 versículo 17: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” Ele estabelece uma ligação profunda entre a antiga Lei e sua missão, não para abolir a Lei e os ensinamentos dos Profetas, mas para dar-lhes pleno cumprimento —

Você percebe quão apropriada para Adão era a observância do sábado! E, após a humanidade haver caído, quão importante para seu bem-estar é se lembrar “do dia de sábado, para o santificar”. Assim, o ser humano teria sido preservado do ateísmo e da idolatria, pois nunca se esqueceria de que há um
Deus ao qual todas as coisas devem sua existência; nem adoraria outro Deus além do Criador. O sétimo dia, santificado por Deus no Éden, não era judaico, mas, sim, divino.

Lemos em Gênesis 2:3 que Deus estabeleceu o sábado para Adão e Eva assim que os criou, estabelecendo o ciclo semanal de sete dias, com descanso no sétimo dia. Também havia meses e anos, que seriam regulados de acordo com a lua e o sol.

Observe o que Gênesis 8:10-13 diz sobre Noé: “E esperou ainda outros sete dias e tornou a enviar a pomba fora da arca. E a pomba voltou a ele sobre a tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado sobre a terra. Então, esperou ainda outros sete dias e enviou fora a pomba; mas não tornou mais a ele”.

Noé mantinha o calendário de Deus e o Sábado.

Outro fato pouco conhecido sobre Noé é que ele guardava o sábado de Deus e seguia o calendário bíblico. Lembre-se que a Bíblia diz que ele “andou” de acordo com as leis e os caminhos de Deus.

Vemos no livro de Gênesis (e no restante da Bíblia) que o povo fiel de Deus seguia a semana de sete dias, que tinha sido revelada, desde o tempo de Adão e Eva.

Quando Deus quis enviar todo o povo, depois do dilúvio, a fim de habitarem em todos os cantos da terra. Contrariando a ordem divina de separar a família humana em diversas nações, os seres humanos se reuniram em um grande ato de rebelião na planície de Sinar. “Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra”.

Então, Deus os confundiu em sua impiedade, e os espalhou para outros lugares, por toda a face da Terra.
Os homens não queriam guardar o conhecimento de Deus; por isso, o Senhor os entregou a uma mente perversa e permitiu que transformassem a verdade divina em mentira, e adorassem e servissem a criatura em lugar do Criador. Essa foi a origem da idolatria e da apostasia dos “gentios”.

No meio dessa apostasia amplamente disseminada, foi encontrado um homem cujo coração era fiel a Deus. Abraão foi escolhido dentre uma família idólatra para ser depositário da verdade divina, o pai da fé, herdeiro do mundo e amigo de Deus. Quando os adoradores de Deus eram achados apenas na família de Noé, o Senhor permitiu que o restante da humanidade perecesse no dilúvio. Agora que, mais uma vez, os adoradores de Deus se reduziram praticamente a uma só família. Deus permitiu que as nações idólatras seguissem os próprios caminhos.

E tomou a família de Abraão como Sua herança particular. “Porque Eu o escolhi” – disse Deus – “para que
ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e
pratiquem a justiça e o juízo”

A fim de poderem preservar o conhecimento da verdade divina, a memória e a adoração do Altíssimo na Terra, eles deveriam ser um povo separado de toda a humanidade, habitando em uma terra própria. Com o objetivo de que ele se separasse dos pagãos ao redor, Deus concedeu a Abraão o rito da circuncisão e, posteriormente, toda a lei cerimonial à sua posteridade.

 Abraão era filho de Terá, 20 gerações depois de Adão e 10 depois de Noé. Deus permitiu que as nações idólatras seguissem os próprios caminhos. Essa foi a origem da idolatria e da apostasia dos “gentios”. E continua até os dias de hoje.