Jesus falava para judeus e não judeus. O conceito de “monte” para os não judeus, é espiritual, não geográfico. “Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá morar no teu santo monte?” Salmos 15:1
“fugir para os montes”, em sentido espiritual, é encontrar refúgio no Senhor Deus de toda a terra, é se firmar em um lugar que não será abalado: “Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra.” Salmos 121:1,2.
Colossenses 3:12, ele escreve: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.” Da mesma forma, em Romanos 8:33, Paulo pergunta: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.”
Jesus fala de um período de grande tribulação e adverte sobre falsos profetas e falsos messias que tentarão enganar até mesmo os eleitos.
Os eleitos podem ser enganados (Mateus 24:24)?
Será que os falsos milagres realizados pelos falsos messias e profetas no final dos tempos serão tão convincentes que até mesmo os crentes nascidos de novo serão desviados?
A resposta a essa pergunta é “não”. Primeiro, quase todos os comentaristas bíblicos concordam que a construção gramatical do versículo e sua declaração entre parênteses “se possível” apontam fortemente para o fato de que tal coisa está fora de questão. O engano será forte, os milagres parecerão reais e a intenção será enganar a todos, inclusive os eleitos. Mas a graça de Deus prevalecerá. Seus escolhidos não serão arrastados para o engano.
Bíblia fala com firmeza sobre o fato de que os eleitos são protegidos por Deus contra enganos que resultariam na separação eterna de Cristo. Paulo nos diz que Deus “nos elegeu nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” (Efésios 1:4); Pedro diz que os eleitos “são protegidos pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para se revelar no último tempo” (1 Pedro 1:5); e Judas diz que os eleitos são “chamados e amados em Deus Pai, guardados em Jesus Cristo” (Judas 1:1). Os eleitos perseverarão na força de Deus.
Se uma pessoa é salva em Cristo, ela não terá necessidade de fugir, visto que sua vida não pertence a ele, ao mundo ou a qualquer outra coisa. A fuga não é pré-requisito para salvação espiritual, a profecia não diz que os que fugirem serão salvos espiritualmente, mas fisicamente.
Apóstolo Paulo em Filipenses 1:21 diz: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.” Quer morramos, quer vivamos seremos do Senhor, dessa forma, a fuga seria uma escolha que não afetaria a questão da salvação espiritual, mas física. Se alguém foge para os montes sem ser salvo em Cristo, poupará sua vida e quem sabe, chegará a salvação, pelo menos, em tese, essa pessoa terá mais tempo para se arrepender e chegar ao conhecimento da graça salvadora.
Interpretado espiritualmente, o chamado para “fugir para as montanhas” também pode ser entendido como uma metáfora para buscar refúgio espiritual e segurança em Deus durante tempos de grande provação e perturbação. As montanhas representam um lugar de refúgio, proteção e proximidade com o divino.
Os filhos de Deus não devem temer os sinais do fim dos tempos, não devem ficar ansiosos, mas se refugiar “no monte de Deus”, é nesse sentido de monte que o cristão receberá direção e salvação. É no monte de Deus, em oração e santidade que o cristão receberá coragem, livramento, pois Deus não nos deu espírito de temor para fugirmos do que há de vir (II Timóteo 1:7).
“Tribulação vem do Latim tribulatio; aflição, angústia, preocupação. De tribulare; “oprimir, afligir, apertar, comprimir”. De tribulum; vara para moer grão. O tribulum é um instrumento agrícola não mais usado para separar os cereias do joio, isto é, debulhar. É um processo final para separar o joio do trigo.”
Glórias ao Deus Pai Eterno e a Jesus Nosso Senhor
Amem
