Eles continuam a escolher

Eles continuam a escolher seus “escolhidos”, dentro de suas “religiões”, de suas “comunidades”, de suas “riquezas”, de suas “arrogâncias”.

Será que Deus se agrada disso?

Os Judeus pensavam que eram o único povo escolhido de Deus, mas Jesus veio para dizer o que ELE é para todos.

Os judeus na época de Jesus

O Templo de Jerusalém era o lugar considerado mais santo; dentro dele havia as separações até se chegar ao lugar mais santo, o Santo dos Santos, o lugar da morada de Deus ou do seu Nome Santo. Neste lugar, o acesso popular era proibido e somente a pessoa mais santa (o Sumo Sacerdote) podia entrar uma única vez por ano, no dia mais santo, o Dia da Expiação (Yom Kippur). O povo, para se aproximar do sagrado, devia se purificar, oferecendo os animais em sacrifícios e holocaustos (animais que deviam ser puros, por isso, não podiam ser trazidos de fora, mas comprados no comércio do Templo).

Pessoas com deficiências ou doentes, como os leprosos (Lv 13-14) ou com outras doenças; pessoas com sangramentos; mulheres no período da menstruação (Lv 15,19); pessoas que exercessem certas profissões consideradas imorais, como publicanos e cobradores de impostos, pastores, açougueiros, etc. eram consideradas impuras e o contato com elas devia ser evitado para não contrair também a impureza ou seja, somente os judeus “puros”.

As três últimas separações geraram até uma oração de louvor a Deus, por meio da qual o sábio judeu se dirige ao Criador agradecendo porque não o fez gentio (não nasceu estrangeiro), nem escravo, nem mulher. Com este sistema de separações, o judaísmo oficial excluía justamente as pessoas mais vulneráveis, os mais fracos, os pobres e sofredores.

Jesus de Nazaré apresenta-se diante do povo anunciando um projeto novo: o Reino de Deus, uma novidade esperada pelos pobres e marginalizados. Em sua pregação e, sobretudo em suas ações práticas, estas separações eram pontos de frequentes discussões e controvérsias com os fariseus, doutores da Lei e as autoridades do Templo em Jerusalém.

O Sagrado: Jesus é o Emanuel, “Deus conosco” (Mt 1,23). Ele vai onde o povo está, nas casas, no trabalho, no caminho; no deserto, nos montes, lugares que passam a ser local de oração e encontro com Deus. Ele é o novo Templo; a “casa”, sobretudo no Evangelho de Marcos, passa a ser a nova sinagoga: lugar de estudo, explicação e interpretação da Palavra de Deus (Mc 2,1; 3,20; 7,17; 9,28.33; 10,10). Ele promete estar presente na sua comunidade: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali eu estou no meio deles” (Mt 18,20).

Jesus vai à casa de Pedro cuja sogra está enferma e com febre alta, aproxima-se, inclina-se, toca nela e a cura (Mc 1,29-31; Lc 4,38-39); cura o homem da mão atrofiada e o convida a vir para o meio da comunidade (Mc 3,1-5); permite que uma mulher com fluxo de sangue toque seu manto e seja curada (Mc 5,25-34); cura o paralítico transportado por quatro homens (Mc 2,1-12); em dia de sábado, sem que alguém o peça, cura a mulher encurvada (Lc 13,10-17); cura um hidrópico (Lc 14,1-6); cura cegos (Mc 8,22-26; 10,46-52; Jo 9,1-38), e pessoas acometidas de toda sorte de doenças físicas e atormentados por enfermidades (Mt 4,23-25; Lc 4,40).

Ao agir deste modo diante das ameaças à vida, Jesus se aproxima daquele judaísmo que busca a essência na tradição da Escritura e na ética da tradição judaica que podemos ver na afirmação lapidar do Talmud. “Aquele que salva uma vida, salva o mundo”, pois “a atenção que devemos dar à vida humana compromete a totalidade do nosso ser, assim como a essência da relação que mantemos com o mundo que nos cerca”.

Porque diante de Deus todos são iguais. Deus julga a todos com imparcialidade. A acepção de pessoas (ou parcialidade, ou fazer diferença entre pessoas) é errada, porque é arbitrária. Em vez de usar a mesma medida, alguém favorece ou desfavorece certas pessoas, criando regras diferentes somente por causa de suas preferências pessoais. Fazer acepção de pessoas é negar a justiça (Tiago 2:9).

Jesus não exclui os doentes, mas ouve seus gritos pedindo socorro, toca neles, conversa com eles, sente compaixão deles, purifica-os e os integra novamente à comunidade que os havia excluído. Jesus acolhe publicanos, cobradores de impostos. Chama Mateus e vai almoçar em sua casa e, à mesa, estavam sentados publicanos e pecadores (Mt 9,9-10).

É criticado pelos escribas e doutores da Lei por acolher publicanos e pecadores e comer com eles, mas são eles que vêm para escutar sua Palavra (Lc 15,1-3). Jesus por duas vezes indica o publicano como exemplo aos fariseus “Zaqueu pela sua cândida confissão de arrependimento (Lc 19,1ss), e o publicano da parábola pela sua oração, que era uma súplica humilde de misericórdia por um pecador (Lc 18,10-13)” Jesus é coerente entre o seu ensinamento e a sua prática. Da mesma forma como um alimento considerado impuro (e não estragado) não pode contaminar o interior da pessoa, também o convívio com as pessoas consideradas impuras não pode tornar Jesus um impuro. Ele ensina que a impureza pior é aquela que vem de dentro da pessoa: “A contaminação verdadeira do homem nasce do mal que está dentro dele e se materializa em decisões e ações”.

São muitas as ações benéficas de Jesus em favor das mulheres. “Jesus não se contenta de elevar a mulher acima do nível em que a tradição a mantinha; enquanto Salvador, enviado a todos (Lc 7,36-50), coloca-a em pé de igualdade com o homem (Mt 21,31-32)”. Fala em púbico com uma mulher samaritana; permite que as mulheres o sigam e sejam discípulas e o sirvam com as suas possibilidades (Lc 8,1-3), o que nenhum Rabí da sua época fazia.

O grupo das mulheres torna-se o grupo mais fiel de Jesus e elas estão presentes na cruz (Mc 15,40.47) e são as primeiras testemunhas da ressurreição (Mt 28,1-10). Maria Madalena torna-se a anunciadora da Ressurreição.

Os judeus daquela época manipulavam o mandamento de Deus, apegando-se às tradições: “Sabeis muito bem desprezar o mandamento de Deus para observar a vossa tradição” (Mc 7,9). para defender seus interesses; omitem as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade (Mt 23,23) e priorizam costumes que não possuem mais nenhum valor diante do Deus Libertador que se preocupa com a defesa da vida.

Jesus questiona o rigorismo da Lei de Sábado que impede de fazer o bem e declara que o sábado foi feito para o homem e não o contrário e que Ele, o Filho do Homem, é também senhor até do sábado (Mc 2,28-29). Ele não desobedece à Torá, mas interpreta o preceito do descanso sabático em chave de bênção para o ser humano, e o faz não apelando à Torá, mas à vontade do Criador. Jesus recupera o verdadeiro sentido do sábado, colocando o dia de repouso a serviço do ser humano (Mt 12,1-12; Mc 2,27; Jo 7,23-24).

O sábado foi criado para ajudar as pessoas, não como um fardo. Ao contrário do intenso trabalho diário dos escravos no Egito, a Lei mosaica ordenava que os israelitas descansassem um dia por semana. A lei dos fariseus tornava o sábado um fardo ao acrescentar restrições que iam além do que a lei de Deus dizia. Os fariseus elevaram suas próprias regras ao nível das de Deus, impondo pesados fardos ao povo, e acabaram repreendendo o próprio Legislador.

Jesus também é o Senhor do sábado, pois o sábado representa o descanso que Jesus oferece. Jesus se tornou nosso descanso quando fez tudo o que era necessário para a nossa salvação (Hebreus 4). Ele cumpriu a Lei e os Profetas (Mateus 5:17). “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Romanos 10:4). Descansamos, espiritualmente, nEle; Ele nos garantiu a bênção eterna.

Jesus disse: “O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado.”  Jesus explicou que ele é o Senhor do sábado. O sábado era o dia de Deus. Jesus é Deus, por isso, ele tinha o direito de abençoar pessoas no sábado e trabalhar nas suas vidas (Marcos 2:27-28). Mas Ele não disse, descansais em dia de domingo.

Jesus não era um Mestre como os doutores da Lei. Também o lugar de ensinar não é o mesmo dos mestres. Jesus vai até onde o povo está, vai à beira-mar, senta-se nos barcos, sobe as montanhas, entra nas casas. O conteúdo do seu ensinamento também não são as tradicionais sentenças ou armadilhas que os escribas faziam. Jesus ensina de modo simples, conta parábolas, utiliza elementos do cotidiano da vida do povo. Ele age e ensina com o seu jeito de ser e viver; aproxima-se das pessoas; as vê e toca; sacia a sua fome de pão e de justiça.

Jesus não buscou seus discípulos nas academias, mas no chão da vida do povo. Seus primeiros discípulos foram chamados enquanto pescavam, consertavam as redes (Mc 1,16-20) Jesus se diferencia do judaísmo oficial, tão pouco preocupado em revelar o verdadeiro rosto de Deus. As autoridades preocupavam-se mais em defender a Tradição e a Lei por si mesmas. “Muitas vezes, na mão deles, a Tradição anulava a Lei (Mc 7,13), a Lei anulava a vida (cf. Mc 2,27). Sem se dar conta, parte do clero da época defendia uma religião alienada que já não promovia nem defendia a vida do povo nem revelava o rosto de Deus”.

Jesus demonstra quem de fato cumpre as Escrituras: “Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: ‘Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me prestam culto; as doutrinas que ensinam são apenas mandamentos humanos” (Mt 15,8-9; Is 29,13). Ele critica os mestres porque abandonam o mandamento de Deus, apegando-se à tradição dos homens, assim invalidam a Palavra de Deus pela tradição que transmitem (Mc 7,6-13).

Ao colocar-se em conflito com as tradições judaicas, Jesus não está se posicionando contra as Sagradas Escrituras, mas procura dar-lhe o pleno cumprimento e uma nova interpretação (Mt 5,17). “Não há judeu e nem grego; não há escravo e nem livre; não há homem e nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus”. Jesus não separa, mas unifica, valoriza as pessoas pelo que elas são: imagem e semelhança de Deus. Sente compaixão das suas misérias e exclusões. Jesus torna-se o fim das separações corrige esta injustiça e favorece a inclusão e a igualdade.

justiça de Deus envolve o compromisso de buscar a igualdade, a dignidade e o bem-estar de todas as pessoas, independentemente de sua origem… Jesus de Nazaré ensina também que somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai e, a exemplo do Pai bondoso e compassivo (Lc 15,13-35), Jesus é um judeu da Galileia, da periferia, portanto tinha mais liberdade de ação diante do judaísmo oficial do Templo de Jerusalém, embora incomodasse e sofresse ataques dos seus representantes.

“Por quê? Somos nós mais excelentes?” Paulo respondeu: “De maneira alguma”, evidenciando que não há distinção entre os homens, e para Deus todos são iguais, pois tanto judeus como gentios estão debaixo do pecado [Rm 3.9]. “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” [Rm 3.23]; não há um justo sequer, não há quem entenda ou busque a Deus. Todos se extraviaram, e se fizeram inúteis. “Não há quem faça o bem, não há nem um só” [Rm 3.10-12]. Portanto nenhum de nós merece piedade diante dele; ninguém é melhor aos seus olhos; pelo contrário, todos somos iguais, ímpios, maus, rebeldes, insolentes, escória, indignos até mesmo de existir; e somente não somos consumidos por causa da sua misericórdia, que não tem fim.

Não se arrogue, pois tu, que pensa que religião o vai salvar. Nem religião, mas somente a obediência aos Seus mandamentos.

Em seu grandioso amor Jesus declarou:

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;  bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;  bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;  bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;  bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;  bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. 

Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

O cumprimento da lei e dos profetas

Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim  ad-rogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no Reino dos céus. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.

Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno. Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta. Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil.

A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz. Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!

E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes.

Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.

Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.

Não julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.

 Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; para que não as pisem e, voltando-se, vos despedacem.

Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.

E, aproximando-se DELE um escriba, disse: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei. E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. 

Glórias e Louvores ao Deus Todo Poderoso para sempre

Amém