Foi a 7 de março do ano 321 que o Imperador Constantino proclamou o domingo como dia de descanso, com o objetivo de organizar o calendário semanal. Dia do Deus Sol, divindade oficial do Império nesta altura, e que explica a designação utilizada pelas línguas germânicas para este dia.
Embora alguns cristãos tenham usado o decreto como apoio à guarda do domingo, para tentar solucionar a polêmica[2] de guardar o sábado ou o domingo na Igreja Cristã, na realidade, o decreto não se aplica aos cristãos ou judeus. Por uma questão estreitamente relacionada, Eusébio afirma: “Por sorte não temos nada em comum com a multidão de detestáveis judeus, por que recebemos de nosso Salvador, um dia de guarda diferente.“[3
Eusébio de Cesareia foi bispo de Cesareia e é referido como o “pai da história da Igreja
“Que no venerável Dia do Sol, os magistrados e os que residem nas cidades descansem, e que todas as oficinas estejam fechadas. Porém, nos campos, os que se ocupam da agricultura poderão livremente continuar seus afazeres, pois pode ocorrer que outro dia não seja tão conveniente para as sementeiras ou a plantação de vinhas”.
Esta ordem do imperador Constantino destinou-se a regular o quotidiano das populações de todo o Império Romano, tentando uniformizar os hábitos de gestão do calendário entre dias de trabalho e o dia de descanso, no ciclo semanal de 7 dias. Não foi por acaso que o dia decretado como de descanso tenha sido o domingo, porque era o dia do Deus Sol, Sol Invictus, que era uma divindade oficial do Império nesta época.
A proclamação do Domingo, o Dia do Sol, como dia de descanso e, portanto, dia em que os cristãos celebravam os seus deveres religiosos, é um bom indicador do seu perfil como conciliador e agregador das várias tradições do Império.
Salvação para os Gentios
56 Assim diz o Senhor:
“Mantenham a justiça
e pratiquem o que é direito,
pois a minha salvação está perto,
e logo será revelada a minha retidão.
2 Feliz aquele que age assim,
o homem que nisso permanece firme,
observando o sábado
para não profaná-lo,
e vigiando sua mão
para não cometer nenhum mal”.
3 Que nenhum estrangeiro
que se disponha a unir-se ao Senhor
venha a dizer:
“É certo que o Senhor
me excluirá do seu povo”.
E que nenhum eunuco se queixe:
“Não passo de uma árvore seca”.
4 Pois assim diz o Senhor:
“Aos eunucos que guardarem
os meus sábados,
que escolherem o que me agrada
e se apegarem à minha aliança,
5 a eles darei, dentro de meu templo
e dos seus muros,
um memorial e um nome melhor
do que filhos e filhas,
um nome eterno, que não será eliminado.
6 E os estrangeiros que se unirem
ao Senhor para servi-lo,
para amarem o nome do Senhor
e prestar-lhe culto,
todos os que guardarem o sábado
deixando de profaná-lo,
e que se apegarem à minha aliança,
7 esses eu trarei ao meu santo monte
e lhes darei alegria
em minha casa de oração.
Seus holocaustos[a] e demais sacrifícios
serão aceitos em meu altar;
pois a minha casa será chamada
casa de oração para todos os povos”.
8 Palavra do Soberano, do Senhor,
daquele que reúne os exilados de Israel:
“Reunirei ainda outros
àqueles que já foram reunidos”.